Primeira edição do Novas Energias começa em Brasília

E o nosso primeiro momento do Novas Energias fez história. Mais do que isso, contou histórias. A mediação do professor Adolfo Conceição abriu o evento com aquele recado que a gente adora ouvir aqui na Escola da Energia: “Energia é vida. Nossa vida depende da energia!”. Nas palavras da jovem Débora Rodrigues, estudante de Engenharia da Energia na Universidade de Brasília, “podemos no tornar líderes cada vez mais ativos no cenário de geração sustentável de energia que o Brasil tem!”.  O evento aconteceu de forma híbrida, no Auditório da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, em Brasília.

O primeiro dia contou com a presença do engenheiro Edvaldo Risso, com larga atuação no setor elétrico, incluindo o Ministério de Minas e Energia, como Chefe de Gabinete e Coordenador Geral de Monitoramento do Sistema Elétrico. Na palestra “O setor de energia no Brasil. História, cenários e tendências”, Risso destacou a confiabilidade no setor elétrico e explicou que o Brasil tem potencialidade e diversidade de geração de energia elétrica, apontando três quesitos que compõem a confiabilidade no setor elétrico: a capacidade de adequação, segurança e resiliência.

Como Liderar em um Ambiente de Incertezas, Mudanças e Inovações” foi o tema da conversa com Josias Matos de Araújo, engenheiro eletricista com extensa trajetória de operação e liderança no setor elétrico e CEO da ENG Smart Led Soluções Inteligentes de Engenharia. Ainda no início da palestra, uma provocação aos jovens participantes do projeto: “Quem aqui exerce liderança?”  – Alguns segundos de troas de olhares e Josias continua: “Todos aqui são líderes, em algum momento, de alguma forma, e possuímos a habilidade de nos adaptar. Atualmente, estamos na 4ª revolução industrial: a revolução da conectividade. O mundo passa por mudanças rápidas e multifacetadas e a tecnologia está presente em todos os âmbitos da vida, inclusive na geração de energia sustentável”. E o recado: “agregar a tecnologia não significa perder o que nos torna humanos. A criatividade, a cordialidade e a empatia devem estar sempre presentes e são o diferencial!”.

E a nossa primeira tarde ainda teve as mesas-redondas. A primeira – Energia para Todas e Todos – A Equidade no Setor Elétrico – contou com a participação de Márcia Figueiredo, integrante do Comitê Permanente para Questões de Gênero, Raça e Diversidade do Ministério de Minas e Energia; Solange David, conselheira do Cigre-Brasil, vice-presidente do Conselho de Administração de Santo Antônio Energia e chair do Women in Energy do Cigre International; Bruna Pereira, Assessora Técnica para Gênero e Grupos Vulneráveis na cooperação alemã (GIZ) e Alesson Tadeu, cofundador da EnergyC e cofundador do programa EmpodereC, uma parceria entre a FGV Energia, a ENERGYC e o Sim, Elas Existem. O debate abordou a importância da equidade de gênero, da promoção da diversidade social e da cooperação entre as áreas que compõem o setor elétrico. Também foram destacados projetos como o Interligadas – uma ação coletiva que produz orientações e guias para que o setor se torne cada dia mais seguro, receptivo e igualitário para as mulheres – e as ações dos ministérios de Minas e Energia e de Educação para o tema.

A segunda mesa redonda – Mesa redonda – Transição Energética: que competências vão torná-la realidade? –  recebeu Danielle Costa, professora do IFG e Gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Campus Valparaíso; Fábio Henrique Ibiapina Gomes, coordenador do Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética nas Instituições Federais de Educação (EnergIFE); Samira Sana Fernandes de Sousa Carmo, coordenadora-Geral de Eficiência Energética, do Ministério de Minas e Energia; Martin Studte, coordenador de Energia e Parcerias Empresariais no projeto “Profissionais do Futuro”, da cooperação alemã (GIZ), e coordenador de capacitação Profissional no projeto ‘H2 Brasil’. Como tema dessa discussão foram questionadas as competências necessárias para que a transição energética se torne realidade no Brasil. Um debate cheio de energia e trouxe a importância de aliar tecnologia e humanidades para que a transição energética seja realmente sustentável e inclusiva.  

Um resumo do primeiro dia? Nosso país possui mais de 190 gigawatts de capacidade elétrica instalada e cerca de 180 mil quilômetros de linhas de transmissão. E podemos ir além! A tecnologia é uma grande aliada no desenvolvimento das fontes sustentáveis de energia, assim como o conhecimento que compartilhamos no Novas Energias.  

Escola da Energia

A transformação do saber.

Por Natália Fechine

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